quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sumir


Acabo de descobrir que a necessidade de escrever vem da falta de ter com quem falar. Hoje falei muito, falei por mais de meia hora com um cara, ele me ama, ou diz que ama, e o que vem a ser tudo isso que me cerca, esse ar que eu respiro, esses objetos que vejo, essas pessoas por aí? O que vem a ser a minha pessoa para a dele e para o mundo?
Hoje falei do meu sentir, da minha revolta por estar viva, por infelizmente estar aqui, e agora ter que agüentar. Hoje não está me interessando o que é certo ou errado, nem o que os sábios dizem sobre a vida e como os psicólogos dizem ser correto viver. Para mim só está existindo o que eu não quero e a minha total falta de vontade de fazer qualquer coisa que seja: andar, pensar, falar, ouvir, trabalhar, estudar, ver pessoas, respirar. Eu não quero nada. Sumir.
Não encontro as palavras, nem a emoção, não consigo transformar pensamentos em ação. Sou um ser extremamente perdido, num mundo que não o pertence, convivendo com uma espécie semelhante, porém parece ser de galáxias distantes. Isso dói. Isso revolta. É uma vontade que não se realiza, é a vida por assim dizer.

terça-feira, 5 de maio de 2009

E como seria se eu continuasse desacreditando no amor


Não haveria sol mais bonito do que o que vejo brilhar nos teus olhos. Não haveria noite mais encantada do que as que eu estou como você. Se eu tivesse continuado a insistir que em meu peito não haveria outro amor, apenas continuaria a viver de uma ilusão, não haveria céu azul, nem calor, continuaria no escuro, sentindo frio.
Somos capazes de muito mais. Nossa mente nos mostra a cada dia a força infinita que possui de mudar a cada instante nossa vida.
Libertar o coração e deixá-lo se envolver, com os pés no chão sentir as nuvens, dar um voto de confiança, não ter medo do que poderá acontecer, pois o futuro não pertence a nós. Devemos mesmo é cuidar do que é nosso, e o que temos é apenas o presente, todos esses cheiros, gostos, gestos e palavras, todos esses sorrisos e abraços. Pois sempre há algo bom, mesmo que você no momento não possa ver. Viajar num mundo de muitos sentimentos bons, daqueles que o coração parece vibrar e querer sair do peito, um mundo que pode ir embora, ou não, por isso mesmo aproveitar, por isso mesmo deixá-lo invadir, deixá-lo solto, sempre dentro de você.