terça-feira, 16 de outubro de 2007

Infância




Sentada em posição de feto na janela da sala, abraçando o joelho e apoiando a testa neles, meus longos cabelos escondia seus rosto. Maria levantou a cabeça para respirar o ar puro que vinha lá de fora e ficou a pensar, a pensar na sua infância, da pureza que tinha quando tinha apenas seis anos, era engrassado, pois não conseguia lembrar de muitos acontecimentos de sua infância, e não era capaz de lembrar exatamente quando foi e quantos anos tinha.
Lembrava do que fazia, nunca dos momentos que passava sozinha, lembrava quando brincava de cabaninha com sua prima, lembrava quando fazia comida de barro no quintal, o quanto era bom colocar as mãos e os pé naquele barro molé e nojento, lembrava que brincava com sua avó de serra serra serrador, lembrava das músicas que ela cantava pra ela dormir, das crises de cosquinha que dava em seus primos.
Lembrava que desejava muito saber como era morrer e o que acontecia depois disso, como era do outro lado. Era íntima de Deus, por não saber como rezar, batia altos papos com ele e ele conversava com ela e lhe dava conselhos, sempre dizia o que deveria fazer, acreditava nele e sabia que ele sempre estava ali, sempre satisfazia seus desejos, uma vez ouviu alguém dizer que as crianças tem mais poder sobre os pedidos para Deus pois são puras, sem maldade, e acreditam de verdade que Papai do Céu existe, e ela também acreditou nisso.
Agora já não se sentia tão perto de Deus assim, já chegou até mesmo a duvidar da sua existência, a criticar a biblía, e querer respostas concretas para suas perguntas, explicações reais que provavam sua existencia. Bastava crer assim como quando era criança, a força que nós temos, não importa se em nós mesmo ou em outra coisa como Deus (porém acho + fácil acreditar que outra coisa faz por nós do nós fazemos), faz as coisas acontecerem. Agora que ia se tornando uma adolecente, mulher, a inocência ia embora, a realidade vinha a tona, já não era tão fácil acreditar nas coisas boas com tanta coisa ruim acontecendo ao seu redor. Queria a pureza e ingenuidade, porém o mundo que conheceu ao crescer não a deixou ser assim.

16 comentários:

Pensamentos Ocultos disse...

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Anônimo disse...

Tenho saudades dos tempos da inocência. Engraçado que nestes dias queremos muito crescer...

Un abrazo

impinando pipas disse...

Tua visita ao meu blog,me trouxe até aqui.É incrivel como o mundo se tornou tão pequeno.Onde quer que estejamos,a sensação e de se estar tão perto. Poder emprestar o ombro,inclinar o ouvido a ouvir os anseios, as crises existenciais,bem como a euforia, o riso,os sonhos...Esta criança linda que descreveste,ainda existe dentro de ti e,não tenho dúvidas que foi ela, e não voce que postou hoje. Quando a encontrares,da um abraço bem apertado nela por mim.

Paula Carolinny disse...

Sorry, pela ausencia...
lindo texto flor...

tenho saudade da minha infancia, pois tinha minha mae ao meu lado.

bju

Menina Montezuma disse...

Lud...
Gostei mto do seu texto...
As vezes penso como essa menininha...e vejo como o tempo é insubistituivel, passa rápido e qque nossos atos [nenhum deles] nunca nessa vidsa são em vão!
Beijão lindona, irei te adicionar no meu blog, brigada pelo carinho!!
=**

Alê Quites disse...

=)

Bruna disse...

É triste.

Mas é a verdade.

=(

NayB. disse...

O mundo sufoca a criança que insiste em continuar viva em nós... Eu procuro deixa-la comigo todos os dias... Procura não perder totalmente a ingenuidade, mas pra isso não preciso ser uma completa idiota. Tenho saudades da infância, mas isso não me deixa triste, e sim muito contente, pois tive uma infancia maravilhosa... =)

Cada vez gosto mais dos eus textos! =)
Xeru
=***

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